O cancro da próstata é a neoplasia maligna mais frequente no homem.
A aproximadamente 17,8% dos homens será diagnosticado um cancro da próstata durante a sua vida, e 3 a 4% morrerá desta doença.
Nos próximos 20 anos o número de novos casos diagnosticados nos países ocidentais continuará a aumentar, o que traduz um aumento da incidência e prevalência deste tipo de cancro. Nos Estados Unidos, o número esperado de novos casos, em 2005, é de 230110, número este que em 2025 atingirá os 380000. Trata-se de um verdadeiro problema de saúde pública, não só pelas consequências a nível individual, mas também pelos enormes gastos associados ao tratamento deste cancro. Na verdade, para além da sua frequência, o cancro da próstata é responsável por complicações que afectam de forma importante a qualidade de vida do doente. Apesar de a sua mortalidade ter recentemente começado a declinar, a morbilidade e os custos cumulativos dos vários tratamentos para a doença localizada e para as falências bioquímicas é substancial.
De um ponto de vista clínico e também de um ponto de vista de saúde pública, há três vias para controlar a doença e para reduzir a mortalidade associada: a detecção e tratamento precoces, o desenvolvimento de novas estratégias para o tratamento da doença avançada e, finalmente, a prevenção. Dados os problemas conhecidos associados à primeira via e a falta de resultados obtidos na segunda, a prevenção torna-se numa vertente importante a desenvolver.
A incidência de cancro da próstata varia entre as diversas regiões do globo, provavelmente influenciada pelo meio ambiente e pela dieta, sendo mais baixa nos países asiáticos. A etiopatogenia do cancro da próstata resulta de mecanismos complexos, em grande parte desconhecidos, que envolvem processos hormonais (androgénios, estrogéneos e seus receptores), factores de crescimento, a resposta inflamatória e o stress oxidativo, bem como factores genéticos. Estas observações epidemiológicas e os estudos